sexta-feira


Impacto das Tecnologias de Informação sobre os Deficientes Visuais – José Antônio dos Santos Borges

Os deficientes visuais eram considerados um peso para a sociedade até meados do século XIX quando foi criado a Escola de Cegos em Paris.

Alguns pioneiros, nesta área, desenvolveram o método táteis, permitindo aos deficientes a leitura e a escrita. No entanto, foi Louis Braille, um aluno cego, quem sistematizou a técnica de escrita em relevo, sendo esta técnica ainda hoje a forma mais utilizada pelos cegos. Assim, hoje, muitas pessoas podem estudar e ampliar seus conhecimentos.

Depois da Guerra do Vietnã, milhares de pessoas ficaram deficientes, ao retornarem para seus lares fizeram manifestações de grande repercussão e visibilidade contra o governo, obrigando-o a financiar pesquisas que apoiassem as ações de melhoria na vida desses sujeitos.

Várias empresas modificaram a tecnologia da escrita e impressão convencional para a produção de impressoras Braille, além dos programas de transcrição para o computador. Claro que tinha interesses econômicos por trás de tudo isso.

Muitos países adotaram o modelo americano, o que proporcionou um acentuado aumento no mercado internacional de produtos para deficientes.

Em 1980, através da IBM em parceria com o Instituto Benjamin Constant, esses computadores começam a ser utilizados na criação de cursos para formar programadores. O núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Feral do Rio de Janeiro em 1994 cria o sistema DOSVOX. Em 90, os deficientes passam a freqüentar a sala de aula, porém não foram bem recebidos pela falta de preparação por parte dos professores. A situação foi revista e outras estruturas são montadas, com o intuito de auxiliar esse público. Depois disso, muitas ferramentas foram adaptadas e em 2001 o número de cegos que acessavam a internet chegou a ser estimado em 1800, estando esses usuários centralizados na região sudeste do país. A internet tornou-se uma grande aliada para essas pessoas.

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